O ouro é considerado como um dos metais mais preciosos, sendo o seu valor utilizado como padrão para muitas moedas ao longo da História. As crises financeiras têm mostrado que apesar do investimento neste metal não dar juros nem dividendos, o ouro pode ser uma forma de minimizar o risco de exposição ás volatilidades dos mercados financeiros. Nos últimos anos, e particularmente com o rebentar da crise financeira, os investidores em ouro têm vindo a aumentar significativamente.
Porque actualmente vivemos um período de queda generalizada dos preços dos bens (deflação), ou corremos risco que assim aconteça, faz com que os investidores se preocupem com as perspectivas de longo prazo da inflação. O ouro tem uma correlação fortemente negativa para com as carteiras de acções e obrigações, fazendo com que o desempenho das rendibilidades movam-se em sentidos opostos - ou seja, permite diversificar os investimentos de forma a minimizar o risco.
Existem quatro instrumentos financeiros que são os mais comuns para investir em ouro, sem necessarimente "possui-lo": os derivados (opções e futuros), os
warrants, os
Exchange Traded Funds (ETF) e os
Contract for Differences (CFD). Isto é, comprar ouro através de CFDs de ETF. Os derivados são negociados em Bolsas regulamentadas de derivados, sendo o mais conhecido o
Nymex.
Warrants são instrumentos cotados em Bolsa que podem ser comprados ou vendidos ao preço fixado no contrato de exercício e numa data futura. Os ETFs são muito fiáveis devido à sua transparência porque replicam o preço do ouro, permitindo uma monitorização precisa relativamente à
performance, tem ainda a vantagem de não funcionar como um sistema de margem como os anteriores. Isto é, os derivados e os
warrants podem ter o risco associado muito alavancado. Finalizando, se comprarmos ouro através de CFDs de ETF são outra boa opção pois reflectem o comportamento do activo, a formação do preço é simples e está indexada aos preços
spot e não têm maturidade.
O preçário do ouro varia diariamente em função da oferta e da procura nas Bolsas de
commodities. Como todos os investimentos, o ouro tem o seu risco associado. Todavia, não deixa de ser um metal precioso que serviu durante séculos e séculos como moeda real e de referência ao sistema monetário.