Referendo - decadência civilizacional (DMS)
SIM - 59,3%
NÃO - 40,7%
Abstenção - 56,4%
NÃO - 40,7%
Abstenção - 56,4%
Acreditei até ao fim que o NÃO poderia ganhar. A modernidade, o progressismo, a responsabilidade, a dignidade e a maturidade estavam (e estão!) representadas naquela simples palavra - não.
Dizer NÃO ao aborto livre até às 10 semanas de gestação representa modernidade e progressismo devido a todo um conjunto de factos históricos e, porque, o futuro são as crianças. Elas são o progresso, a inovação, a modernidade. Impedir que elas nasçam é impedir o progresso. Escrevi "factos históricos" porque já desde a Grécia Antiga os gregos apoiavam o aborto para regular o tamanho da população e manter, supostamente, estáveis as condições sociais e económicas. Mas não vou continuar com as minhas lamentações...
O povo é soberano e o povo escolheu...Abstenção! Terá algum significado? Penso que sim. Por exemplo, a saturação da classe política dominante...Talvez, não sei. O que sei é que este referendo não é vinculativo. O nº 11 do artigo 115º da Constituição da República Portuguesa é bem claro. Será que o Presidente da República comportar-se-á como o Presidente dos portugueses? Será que vai ter coragem? Será que vai vetar a lei? De facto, vetar lei implica um periodo de turbulência, coisa que o nosso Presidente não quer. Cavaco Silva só quer estabilidade. E, assim, vai piscando o olho ao SIM e ao NÃO como pisca na política à Esquerda e à Direita.
Será que, seguindo a liberalização para a frente, haverá dinheiro para apoiar as grávidas que têm dificuldades económicas e sociais conforme vão apoiar-se as grávidas que não querem ter os seus filhos? Será que o prazo 10 semanas será cumprido? Isto é, uma mulher grávida de 10 semanas que inicie o processo de IVG (aconselhamento, consultas, etc) até que este termine no aborto, se ao chegar o momento a mulher estiver com 11 semanas, qual será a solução para a mulher? Será que o ministro Correia de Campos não vai permitir aos médicos objecções de consciência?
Enfim, muitas questões, muitas dúvidas, muita mágoa que só as associações pró-vida podem ajudar as mulheres a seguir o caminho certo. Provavelmente com este negócio do aborto para as clínicas privadas e com a sua banalização ainda vamos assistir, permitam-me a piada, a slogans do género: "Faça 2 pague 1. Traga a sua amiga!". Quando não há respeito pela Vida é isto que acontece, uma autêntica "cultura de morte" - dizia José António Saraiva (Director do Sol).
1 Comments:
Extremismo reina neste post! Vocês do NÃO dramatizam uma coisa que não existe. Qual é o problema, sinceramente, de a mulher escolher do que quer da sua vida? Quem é o Diogo ou qualquer outra pessoa para julgar os outros?
P.S.: Como católico como que ja vi que é, no seu profile, acha bem julgar os outros? É assim que se é católico?
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