segunda-feira, janeiro 23, 2006

Sr. Presidente da República...Cavaco Silva! (DMS)



"Neste exacto momento dissolve-se a maioria que me elegeu. Quero ser e serei o Presidente de todos os portugueses" Cavaco Silva

O Professor Aníbal Cavaco Silva foi eleito Presidente da República, à primeira volta, com 50.6% (2.745.491) dos votos. Pela primeira vez foi eleito um Presidente da República oriundo da direita. Esta eleição mostra o descontentamento dos portugueses com a falta de rigor, exigência e disciplina da política nacional. E, naturalmente, a preocupação com as contas públicas.
Manuel Alegre obteve uma votação de 20.7% (1.124.662) ficando à frente do "pai da Pátria" (a comunicação social deveria saber que o pai da Pátria é D. Afonso Henriques) Mário Soares que obteve uns escassos 14.3% (778.389). Esta passagem de Alegre para o segundo lugar vai, certamente, levar a um combate com Sócrates a médio prazo.
Quanto aos restantes candidatos temos Jerónimo com 8.6% (4666.448), Anacleto com 5.3% (288.224) e Garcia Pereira com uns fabulosos 0.44% (23.650).
Desejo as maiores felicidades ao Prof. Aníbal Cavaco e Silva e peço-lhe que ajude Portugal a ser Maior!

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Allez Cavaco!

7:11 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Agora que o elegeram pensem nisto:
Um dos papéis mais importantes – embora não dos mais conhecidos – previstos na Constituição da República Portuguesa para o cargo de Presidente da República é o da concessão de “perdões” ou “indultos”, como recurso de última instância perante uma grave injustiça praticada pelo sistema judicial.
De facto, em momentos excepcionais da história, em nome de valores mais altos, tal como o da dignidade humana, alguns cidadãos são obrigados a agir contra a letra da lei. Perante esses casos, o sistema judicial ou administrativo pode ver-se de mãos atadas, tendo de aplicar cegamente uma lei, ainda que ciente de estar a cometer uma injustiça ao punir quem violou a lei em nome de valores mais altos.
Um caso exemplar desse tipo de situação aconteceu, durante a Segunda Guerra Mundial, com o Cônsul Português em Bordéus, Aristides de Sousa Mendes. Simultaneamente confrontado com o terrível destino a que estavam sujeitos os cidadãos judeus que fugiam do holocausto nazi – e para quem a única esperança de sobrevivência era alcançar Portugal e daí partir para um destino seguro – e com as ordens expressas de Salazar para que não lhes fossem concedidos vistos de entrada em Portugal, Aristides de Sousa Mendes optou por violar a lei e as determinações hierárquicas, em nome do princípio mais alto da salvaguarda da vida humana.
Sumariamente despedido por Salazar, Aristides de Sousa Mendes viria a morrer na miséria, privado de pensão e de todas as regalias da carreira diplomática.
Quando, de 1985 a 1987, se procurou reabilitar a memória de Aristides de Sousa Mendes, reintegrando-o a título póstumo na carreira diplomática e apresentando o pedido de desculpas do Governo Português à família do diplomata, essas diligências encontraram a oposição declarada do então Primeiro-Ministro, Aníbal Cavaco Silva. De acordo com o chefe do governo, por muito louváveis que fossem as intenções do diplomata português, o facto é que tinha desobedecido a uma ordem directa do Presidente do Conselho e que, em iguais circunstâncias, ele, Cavaco Silva, teria procedido da mesma forma que o então Presidente do Conselho, pois não poderia aceitar uma insubordinação semelhante de um dos seus diplomatas.
Embora à letra da lei, o nosso futuro Presidente da República estivesse absolutamente correcto, a sua posição é moralmente condenável à luz de quaisquer princípios.
O cumprimento da lei de um estado soberano não pode estar acima da defesa dos princípios básicos da humanidade. Essa miopia que põe o cumprimento de uma regra escrita acima da defesa dos valores humanos é aquilo que distingue um mero burocrata de um verdadeiro líder. O motivo pelo qual a Constituição confere ao Presidente da República o direito de inverter a decisão de um tribunal penal é, precisamente, pelo reconhecimento da limitação de uma lei escrita no papel.
Um candidato que não percebe essa distinção não é digno de ser eleito Presidente da República, pois essa distinção é também a distinção entre um mero tecnocrata e um verdadeiro líder de uma nação.
Mas agora é tarde demais não é…

2:26 da tarde  
Blogger Diogo Mendes Silva said...

Permita-me que lhe diga que escreve muito bem. Agradeço a sua crítica.

10:53 da manhã  

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