Diferenças que se traduzem em produtividade (DMS)
As metodologias do ensino dos negócios e da gestão em Portugal e nos Estados Unidos têm pressupostos diferentes. Na maior economia mundial, o pressuposto é que o aluno no fim da sua graduação vai criar o seu próprio negócio. Em Portugal, o pressuposto é que o aluno no fim da licenciatura tem que procurar um emprego e por isso satisfazer as necessidades do mercado, condenando-o a um determinismo profissional. A criatividade e o potencial de empreendorismo são, de certa forma, desprezados.
As aulas são direccionadas para a resolução de casos práticos aplicando conteúdos teóricos. Em Portugal há um esforço nesse sentido. Nos E.U.A. o método é completamente aplicado. Outra questão que se pode salientar é o facto de os livros de Money and Banking, Operations Management, Accounting, Organizational Behavior, entre outros, fazerem sempre um enquandramento histórico. Como surgiu, a evolução, a actuação destas disciplinas na economia americana e as novas tendências. Esta estrutura é seguida e exigida na avaliação. Infelizmente, na minha opinião de estudante, acho infeliz o desprezo da história nas diferentes faculdades.
A minha licenciatura, Negócios Internacionais, é tratada com respeito e admiração pelas escolas de negócios norte-americanas. O entusiasmo, a abertura ao mundo dos negócios, a possibilidade de lidar com diferentes culturas é fascinante. Infelicidade a nossa, em Portugal só há uma licenciatura neste sentido. A Universidade do Minho foi a pioneira. Apesar disso penso que a licenciatura não é tratada com respeito. Talvez lobbies associados à economia ou à gestão tenham alguma culpa. De facto, ser-se negociador internacional it's a hard thing. Um país que se caracteriza ao longo da sua história pela abertura ao exterior, o pioneiro da globalização deveria ter outra atitude. A formação de profissionais altamente qualificados para saberem lidar com a globalização, e todas as variáveis inerentes a este fenómeno, não é tarefa fácil e a sua importância aumenta exponencialmente. Isto é visível nos E.U.A.. É necessário abrir caminhos para a mudança, prepararmo-nos para o que já está aí.
2 Comments:
Tens razão. E Talvez se as pessoas trabalhassem, nem que fosse a part-time, antes do curso já iriam com outro espírito para o curso.
Em alguns sítios da Catalunha, é tão comum que a malta nova arranje um trabalho nas férias, que aqueles que não o fazem são olhados com algum desprezo :)
Por cá, a maior parte dos estudantes só começa a pensar na carreira profissional no último ano do curso: ligeiramente diferente :)
Precisamos de mais diogos =)
Beijo da Aninhas
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