terça-feira, dezembro 26, 2006

Negócios Internacionais (DMS)

E como a vida não é só a blogoesfera, a minha profissão é estudante da licenciatura em Negócios Internacionais na Universidade do Minho, pioneira em Portugal. Uma licenciatura abrangente que aglomera inúmeras áreas nomedamente, Matemática, Relações Internacionais, Gestão, Economia, Direito e, claro, a leccionação de línguas. Esta licenciatura tem como objectivo formar profissionais capazes de enfrentar os desafios da globalização e aproveitar as oportunidades que este fenómeno nos proporciona. Até aqui, nada de novo.
A motivação da escrita deste post é chamar a atenção para a necessidade que o país e as empresas têm destes profissionais. É lamentável que alguma comunidade académica da Universidade do Minho não trate com o mesmo tratamento os alunos de Negócios Internacionais como tratam os alunos de Economia ou de Gestão. É inconcebível que sectores como a banca, indústria e seguros não tenham conhecimento destes profissionais. Há propostas de emprego para todas as áreas da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho nomeadamente Administração Pública, Economia, Gestão e Relações Internacionais e não há um único anúncio destinado a licenciados em Negócios Internacionais. De quem é a culpa?
No passado dia 15 de Novembro, foi organizada na Universidade do Minho uma International Conference acerca do Intellectual Capital em que estiveram presentes dois professores holandeses, um professor da Universidade Técnica de Lisboa, outro professor de uma universidade na Indonésia, as empresas Bial e Microplásticos, entre outros. No final da conferência houve um espaço para debate. Perguntei a essas empresas se os Negócios Internacionais eram prioridades à qual responderam que era algo impreterível. O professor de Lisboa felicitou-me, ainda, pelo facto de ser aluno desta área e mostrou alguma admiração exactamente por não conhecer esta licenciatura! Será normal um professor de Lisboa das áreas de economia e gestão não conhecer a licenciatura em Negócios Internacionais? Será normal empresas como a Bial e Microplásticos desconhecerem esta licenciatura, única em Portugal?
Cavaco Silva, antes de ser eleito Presidente da República, alertou para o facto de as empresas portuguesas precisarem de investir no plano internacional. Inúmeros académicos, analistas e políticos apelam para Portugal pensar globalmente. Este é um dos caminhos para ultrapassar a crise que as empresas atravessam com a concorrência estrangeira. O povo português, o fundador da globalização, com a descoberta da Índia e da América, à procura do desconhecido, tem de dar o exemplo de que é capaz de dominar a "aldeia global". Não é com mentalidades tacanhas, ultrapassadas, que apostam nas mesmas áreas, que receiam o desconhecido, que vamos longe. Os lobbies da gestão e da economia têm de aceitar a concorrência e têm de aceitar que cada um deve trabalhar na sua área.

Para os que ainda continuam cépticos aconselho a leitura de:

International Business Degree

International Business Study

Journal of International Business Studies

Espero ter despertado algumas mentes.

11 Comments:

Blogger . said...

Caro Diogo,
quero felicitá-lo pelo post, assim como por todo o blog. Tenho que concordar consigo, quando diz que existe um lobby associado à Economia e Gestão. Isso não é novo. O que é novo, é o curso de Negócios Internacionais da UM e, como tudo na vida, ainda não teve tempo suficiente para se afirmar como curso alternativo e capaz de satisfazer as necessidades das empresas nesta era da globalização.

Infelizmente, o número de desempregados licenciados não pára de aumentar. Os jovens ficam entre a espada e a parede: ou arriscam trabalhar numa área que não é a da sua formação e a ganhar menos e dessa forma vão obtendo experiência ou o desemprego.

Caro Diogo, a situação do país está realmente difícil e não é apenas para os estudantes de Negócios Internacionais, antes fosse esse o problema. Mesmo com o lobby dos grandes cursos, há milhares de desempregados das áreas da Economia, da Gestão, das Relações Internacionais, etc, que têm que se sujeitar a trabalhar 1 mês aqui, outro mês acolá com salários baixissímos, sem estabilidade financeira, profissional e mesmo familiar.

Bem, este tema dava para horas, mas não quero ser aborrecida. Diogo, não pode desanimar, pois ainda é estudante, vai ter muito tempo para isso. Aproveite ao máximo essa vida e essa universidade que tantas saudades nos deixou a todos os que por aí passaram.

Não desanime e não desista dos seus sonhos.

Continuação de Boas Festas e um abraço,
ACF

12:08 da tarde  
Blogger Diogo Mendes Silva said...

Obrigado pela força! Mas é, de facto, revoltante toda esta situação. Esta impotência que eu e colegas sentimos é desmotivante.

Volte sempre!

12:34 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Parabens Diogo,

Com estudantes de N.I. como tu o curso certamente que irá impor-se tanto no meio académico como ( onde ele é realmente importante ) no mercado de trabalho. E verás que em breve toda a devida atenção e reconhecimento ser-lhe-á justamente fornecida, pois só através da aposta em cursos como o nosso, seremos um dia capazes de chegar perto dos "grandes" da Europa que já apostam há muitos anos na nossa área.

Um abraço de um colega

Jose Miguel Costa

7:56 da tarde  
Blogger Diogo Mendes Silva said...

Colega Miguel Costa,

Obrigado pelo comment! É preciso fazer "barulho" e mostrar porque é que temos de ser reconhecidos.
Um abraço, e espero que venhas a ser um leitor assíduo do blog!

9:03 da tarde  
Blogger Rui Miguel Ribeiro said...

Pois é Diogo. Com estudantes/licenciados inconformados, empreendedores e com iniciativa como você, o Curso de Neg. Internacionais acabará por impôr-se por si próprio. Agora, se a própria Universidade que o gerou, não sabe ou não o quer gerir, a coisa é realmente preocupante.

P.S. Permita-me que acrescente que, se ainda aí estiver um ou dois cromos do meu tempo, nada me espanta, especialmente se for negativo!

8:10 da tarde  
Blogger Diogo Mendes Silva said...

Doutor Rui Ribeiro,

O problema está aí, a universidade interessa-se ou não pelo curso? Não se consegue perceber.
Receio bem que esses "dois cromos" do seu tempo ainda lá estejam.

Obrigado pelo comment e pelos elogios. Bom Ano Novo!

9:28 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Caro Colega Diogo,

As pessoas com maior visão e especializadas na conjuntura internacional, sentem a necessidade premente da promoção e expansão do curso de Negócios Internacionais.
Este curso é prioritário: para empresas, para embaixadas e mesmo para o nosso país se impor internacionalmente, pois o curso de Negócios Internacionais é o elo ideal entre nós, de Portugal, com os outros países e regiões.

Nós, futuros Negociadores! Nós, o futuro de Portugal!

8:52 da tarde  
Blogger Diogo Mendes Silva said...

Olá Filipa,

Gostei do comment! Se todos pensassem assim...

Passa por cá mais vezes, e comenta!

Obrigado pelo comment.

11:42 da manhã  
Blogger Rita'M said...

Boas Diogo!
Sou estudante e estou a passos de terminar o secundario na area de economia. Sempre tive uma enorme paixão pelas culturas e tambem pelas economias de outros países e estou neste momento com uma enorme vontade de ingressar no curso "Negócios Internacionais", mas ao mesmo tempo um pouco reciosa pela falta de divulgação que ele tem.
Se por acaso o Diogo pudesse voltar atrás no tempo e escolher um curso de economia ou de gestão por exemplo ao invés de NI tê-lo-ia feito?
Aguarda ansiosamente a sua resposta. Obrigada, Rita Mesquita

8:04 da tarde  
Blogger Diogo Mendes Silva said...

Boa tarde Rita,

Se gosta da área recomendo, vale a pena, é reconhecido e tem diversas saídas em várias áreas sendo muito abrangente em vários domínios.

Certamente faria novamente a licenciatura embora o sucesso dependa sempre do empenho individual e da sorte de cada um.

Obrigado.

4:57 da tarde  
Blogger Unknown said...

Diogo, vim parar ao teu blog depois de "googlar" sobre o curso de negócios Internacionais da UM.

Sou licenciado em Design Industrial, e Mestre em Engenharia de Produto. Trabalho à 2 anos na area de marketing comunicação e Gestão de produto de uma Multinacional de engenharia. Sempre me interessei por áreas como empreendedorismo, sucesso empresarial, economia, politica etc... No entanto foi só depois de participar no "Model European Union" que isto despertou. Depois de 8 Dias como lobista no parlamento europeu. fiquei mesmo interessado em tirar a licenciatura de negócios Internacionais na UM. Mas queres saber a melhor palhaçada é que todos os anos abrem 6 vagas para os +23 (pessoal sem background académico) enquanto, que eu, para entrar no concurso especial que aceita licenciados estou numa "batalha" a fazer requerimentos ao concelho pedagógico para que abram vagas para eu me poder candidatar.

É triste não criarem vagas para titulares de cursos superiores que são altamente qualificados e querem complementar a sua formação com uma licenciatura muito interessante...

9:03 da manhã  

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