Não à OTA, não ao TGV!!! (DS)
Como é que se pode pensar em projectos como o TGV e o aeroporto da OTA quando temos a função pública mais cara da Europa e com pior rendimento, os nossos alunos têm baixas classificações em testes internacionais, temos a demora dos procedimentos judiciais, a utilidade de um funcionalismo que custa o equivalente a 15 % do PIB, quando a média europeia é de 10 %. Como diz um cronista do diário económico, "O Estado Social português é, em termos europeus, sobretudo um Estado de Funcionários". Estado esse, que Medina Carreira diz que é aquele em que os vencimentos do funcionalismo absorvem maior percentagem dos impostos (45%), e o único que gasta mais em vencimentos do que em transferências sociais. É ainda um Estado voltado sobretudo para dentro de si próprio.
Com todos estes problemas estruturais, este governo tem projectos para contribuir para um acelerado empobrecimento do país e dos portugueses. Convém dizer ainda que em 2004, o Conselho Coordenador do Sistema de Controlo Interno da Administração Financeira do Estado revelou que apenas 40 % da actividade dos funcionários consiste em serviços aos cidadãos e às empresas. 51 % é burocracia interna, e 9 % simplesmente inútil. E ainda sonhamos com a OTA e o TGV? Este governo está agir de um modo irresponsável, demagógico e incoerente!
6 Comments:
Surpreendente...
Muito bem! Muito bem!
Temos que admitir que a construção desssas duas infra-estruturas podia trazer muitos benefícios ao país - crescimento económico, criação de emprego, aumento da capacidade de mobilização das populações, os vários efeitos multiplicadores, etc.
No entanto, tendo em conta o actual panorama das finanças públicas, com a despesa do Estado a ultrapassar os 50% do PIB, a construção do TGV e do aereoporto da Ota vai provocar um desequilíbrio ainda maior no défice orçamental e na balança comercial.
Além disso, o emprego criado é de curta duração e abrange fundamentalmente mão-de-obra emigrante, e o crescimento económico é feito sobretudo pelo lado do consumo, o que não é sustentável.
Sendo assim, não é razoável que se proceda à construcção de tais empreendimentos.
André Menezes Marques
Só uma pequena correcção: na antepenúltima linha deveria estar "mão de obra imigrante". Peço desculpa pelo erro.
André Menezes Marques
"Construcção" não tem C. É "construção"!
O TGV é um favor aos espanhóis! Temos de pensar global.
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