Incoerência anti-democrática (DMS)
A promulgação da Lei da Paridade por Cavaco Silva mostra uma total incoerência com o seu pensamento bem como uma tendência anti-democrática. O PS e o BE congratulam-se com esta decisão, vejam só, o BE congratula-se com a decisão de Cavaco Silva! Ao que chegamos!
A razão apontada por Cavaco Silva para a promulgação é o "contributo decisivo" para uma maior participação das mulheres na política. Ora, se bem me recordo em Junho as razões para o veto foram justamente o não contributo bem como a tendência anti-democrática da lei. Ainda me recordo da sua resposta relativamente à participação das mulheres na política quando foi questionado relativamente à presença destas em listas partidárias: "A mulher não deve estar à frente ou atrás do homem mas sim ao seu lado". Subscrevo inteiramente a afirmação mas desta vez não a pôs em prática.
Cavaco Silva ao aprovar este género de leis denuncia a existência de uma real discriminação, fragilizando ainda mais o papel fundamental da mulher numa sociedade e aprova uma lei anti-democrática impondo aos partidos uma quota que deve ser preenchida de qualquer modo independentemente do interesse e da qualidade das mulheres. É caso para dizer que desta vez o professor Cavaco enganou-se no primeiro veto e teve dúvidas.
2 Comments:
LOL! Excelente indirecta:Nunca me engano e raramente tenho dúvidas. Tens razão Diogo, ele (pela lógica da batata) não devia ter vetado a 1ª lei logo, visto a aprovação da 2ª, enganou-se! Também me parece que aquela lógica que se duas pessoas têm a mesma informação, decidem da mesma maneira também foi por àgua abaixo com esta promulgação.
Bem visto!
Bernardo M. Soares
Não concordo! Cavaco foi sensato ao aprovar esta lei. A mulher é discriminada estupidamente e esta medida que gosta de a denunciar como anti-democrática eu prefiro denominá-la como um estímulo à equidade. É inconcebível estar contra esta lei.
Bruno G.
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