"As declarações de David Irving" por André Menezes Marques (DMS)
O historiador inglês David Irving foi condenado por um tribunal austríaco a 3 anos de prisão por ter negado o Holocausto (há 17 anos...). Na verdade, chegou a referir-se a este assunto dizendo, por exemplo, que a história das câmaras de gás não passava de contos de fadas. Compreende-se que a Áustria tenha leis deste género, devido ao trauma causado pela guerra, mas isto é um atentado claro à liberdade de expressão.
Curioso é verificar que, perante esta notícia, Vasco Pulido Valente até assume uma posição mais moderada do que José Manuel Fernandes. O primeiro afirma que as teses que negam o Holocausto não têm sustentação científica. O director do "Público" considera David Irving um "pobre diabo" a quem não se pode sequer chamar "historiador" entre aspas. Ambos têm razão. E muita. José M. Fernandes sublinha também que esta pena não faz qualquer sentido numa altura em que os autores dos cartoons estão legalmente protegidos pela liberdade de imprensa. Afinal, pode-se satirizar à vontade a religião islâmica, mas não é permitido negar o holocausto judaico. Que justiça é esta? Qual será a reacção dos muçulmanos?
Em conclusão, a pena aplicada a David Irving é não só um atentado absurdo à liberdade de expressão mas também constitui uma enorme incoerência jurídica dentro da Europa. Haja bom senso...
André Menezes Marques
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