António Barreto, intelectuais e contrariedades (DS)
No jornal PÚBLICO aparece a seguinte frase de António Barreto :"Com excepção de grande parte dos intelectuais e artistas, assim como de uma porção de políticos, as elites portuguesas são geralmente de direita. E muito dependentes. Precisam do Estado, não da população". Lamentável este tipo de afirmações.
Infelizmente, António Barreto passa uma ideia típica de esquerda que é o facto de evidenciar uma bandeira que é sistematicamente apresentada pelos tais "intelectuais" de esquerda e, essa bandeira, é a da cultura. Como sociólogo que é, este senhor, deveria saber que a cultura não é património de ninguém e, é um erro afirmar "grande parte dos intelectuais" pois não temos assim tantos como se julga. Outro grande erro, é a outra afirmação que diz que "as elites portuguesas são geralmente de direita. E muito dependentes. Precisam do Estado, não da população". Nota-se aqui contrariedades. Se são elites, além de possuirem poder também são intelectuais. Depois, se são de direita não precisam do Estado. O doutor António Barreto deveria saber que quando se é de direita, implica a baixa intervenção estatal e não a dependência do estado. Todavia, este senhor poderá estar a considerar o PS como direita e, sendo assim, já faz sentido a dependência do Estado mas não faz sentido ser de direita. Enfim, contrariedades...
2 Comments:
O Barreto está a começar a ficar ultrapassado na sociologia.
Esta frase de António Barreto, inserida num artigo sobre as elites potuguesas, apesar de não parecer, até faz muito sentido. Mas então, como é possível ser de Direita e depender do Estado? A resposta é simples - dizendo uma coisa e fazendo outra. Aliás, a afirmação de Barreto até vai de encontro ao que outros comentadores consideram: "A direita portuguesa não é liberal porque depende do Estado".
André Menezes Marques
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