sábado, abril 29, 2006

Frase (DMS)

A melhor maneira de prever o futuro é criá-lo.

Peter Drucker

Vincent van Gogh "Irises (1889)" (DMS)

Crise nuclear iraniana (VII) (DMS)

Afinal não era bluff. O relatório da AIEA, apresentado ontem por Mohamed ElBaradei, confirma que Teerão continua com as actividades nucleares. Segundo o jornal Público, o Irão também não cooperou satisfatoriamente com os inspectores. Será que ainda há quem pense que o nuclear será para fins civis? Eu gostava que fosse, mas não é. O Irão afirma, inclusivé, que responderá a um eventual ataque dos Estados Unidos. Até quando durará a diplomacia?

Discurso do Presidente da República (DMS)

Quem não quer "mais justiça social"? Quem não apela ao combate da "exclusão social"? Quem não se preocupa com os idosos e as crianças? Ninguém. Todos os partidos têm na agenda política estes temas. E isto não é património da esquerda, tal como também não é cultura. Esta mania de associar necessitados e cultura à esquerda é ridículo e nunca fez sentido.
Os apelos de Cavaco Silva aos governantes não foram uma viragem à esquerda, como os media querem insinuar. Todavia, foi demasiado consensual, ficou muito por dizer. Na semana anterior ao discurso saíram dois relatórios arrasadores acerca das finanças do país. O Banco de Portugal afirma que a economia encontra-se sem recuperação sustentada e alerta ainda para o agravamento das contas públicas. O Fundo Monetário Internacional reviu em baixa o crescimento da economia portuguesa. E palavras acerca disto? Nada. As faltas dos deputados também não foram uma prioridade para o Presidente da República.
Não gostei do discurso, ou melhor, gostei de ouvir as preocupações com os que mais precisam. Quem não gosta?

sexta-feira, abril 28, 2006

Could be? (DMS)

"The 'Vietnam syndrome' meant that every time the possibility of military intervention came up, the question was, 'Is this another Vietnam?' Now an 'Iraq syndrome' may be emerging. And with it comes the question, 'Is this another Iraq?"

William Schneider

We hope not.

Frase (DMS)

Por vezes a justificação do erro agrava-o.

William Shakespeare

China = Perigo para católicos (DMS)

A província com o maior número de católicos na China, Hebei, viveu as recentes celebrações de Páscoa sob perseguição.
Segundo a agência AsiaNews, o Partido Comunista e o governo continuam com sua campanha para destruir a comunidade católica local. Escusado será dizer que muitos católicos não tiveram as habituais celebrações de Páscoa (muitos tiveram que andar 300kms!) devido à falta de sacerdotes. A mesma agência afirma que o Bispo Giacomo Su Zhimin, 72 anos, foi em preso em 1996 e nunca mais apareceu. O mesmo destino sofreu o Bispo auxilar Francis An Shuxim, 54 anos. Todavia, ainda hoje, vários sacerdotes da mesma diocese estão presos.
É inaceitável que a haja no século XXI perseguições a quaisquer membros de religiões. Pessoas que só querem cumprir os seus rituais, pessoas bondosas, pessoas com direito à liberdade religiosa! A comunidade internacional tem de estar mais atenta. O que a China está a fazer é inaceitável, monstruoso, ridículo e cobarde! Sim, cobarde! A China sabe que os católicos são uma ameaça ao regime porque defendem a liberdade do indivíduo, liberdade essa que foi concedida por Deus.

domingo, abril 23, 2006

Descaramento (DMS)

O jornal Público avança com a notícia que Osama bin Laden diz que Ocidente está em guerra contra o Islão. O sr. bin Laden deve estar a confundir as coisas. O Ocidente não está em guerra contra o Islão, está em guerra contra bin Laden e todas as suas obras. No entanto, se bin Laden julga-se o Islão então tem razão.

Frase (DMS)

Se quiseres conhecer uma pessoa não lhe perguntes o que pensa, mas sim o que ama.

Santo Agostinho

sábado, abril 22, 2006

Crise nuclear iraniana (VI) (DMS)

fonte: Expresso

"O pesadelo português" por Baptista Bastos (DMS)

Apesar de não me situar no pensamento político de Baptista Bastos, não posso deixar de aconselhar aos leitores esta crítica à sociedade portuguesa.

Bebemos futebol, comemos futebol, dormimos futebol, futebol, futebol, futebol.

in Jornal de Negócios

Fábula Moderna (DMS)

Um amigo envio-me a seguinte fábula:
"Uma galinha achou alguns grãos de trigo e disse aos vizinhos:
- Se plantarmos este trigo, teremos pão para comer. Alguém me quer ajudar a plantá-lo?
- Eu não, estás parva! - disse a vaca.
- Nem eu, tenho mais que fazer! - emendou o pato.
- Eu também não - retorquiu o porco.
- Eu muito menos - completou o bode.
- Então, eu mesma planto - disse a galinha. E assim o fez.
O trigo cresceu alto e amadureceu, com grãos dourados.

- Quem me vai ajudar a colher o trigo? - quis saber a galinha.
- Eu não, já tenho o rendimento mínimo garantido - disse o pato.
- Não faz parte das minhas funções. Só se pagares algum sem recibo - disse o porco.
- Não, depois de tantos anos de serviço - exclamou a vaca.
- Eu arriscava-me a perder o fundo de desemprego - disse o bode.
- Então, eu mesma colho - disse a galinha, e colheu o trigo, ela própria.

Finalmente, chegara a hora de amassar o pão.
- Quem me vai ajudar a cozer o pão? - indagou a galinha.
- Eu fugi da escola e não aprendi essas merdas! Ganho bem com a passa! - disse o porco.
- Eu não posso pôr em risco o meu subsídio de doença - continuou o pato.
- Caso seja sozinho a ajudar, é discriminação - resmungou o bode.
- Só se me pagarem horas extra - exclamou a vaca.
- Então, eu mesma faço - exclamou a pequena galinha. Cozeu cinco pães e pô-los todos numa cesta para que os vizinhos pudessem ver.

De repente, toda a gente passou a querer pão, e pediu um bocado. A galinha disse simplesmente:
- Não! Vou comer os cinco pães sozinha.
- Lucros excessivos, sua agiota! - gritou a vaca.
- Sanguessuga capitalista! - exclamou o pato.
- Eu exijo direitos iguais! - bradou o bode.
O porco grunhiu: - A Paz, o Pão, Educação, são para todos! Direitos do Povo!
Pintaram faixas e cartazes dizendo “Injustiça” e marcharam em protesto contra a galinha, gritando obscenidades, como as claques dos clubes de futebol: “Fascista”, “A pão ao povo”, “Injustiça!”, “Quero os meus direitos!”

Chamado um fiscal do governo, disse à pobre galinha: - Você, galinha, não pode ser assim tão egoísta. Você ganhou pão a mais, tem de pagar muito imposto.
- Mas eu ganhei esse pão com meu próprio trabalho e suor - defendeu-se a galinha. Os outros não quiseram trabalhar! - retorquiu sentida.
- Exactamente - disse o funcionário do governo - essa é a vantagem da livre iniciativa. Qualquer pessoa, numa empresa, pode ganhar o que quiser. Pode trabalhar ou não trabalhar. Mas, de acordo com a nossa moderna legislação,a mais adiantada do Mundo, os trabalhadores mais produtivos têm que dividir o produto do trabalho com os que não fazem nada.
Além disso há as mais valias, o IRS, a ex- Sisa, o desconto para a CNP, o IRC, o aumento dos combustíveis, o imposto Automóvel, o selo do carro, o perdão aos clubes de futebol, que tem de ser pago para garantir a nossa Saúde e a nossa Educação e a nossa Justiça! Todas elas as melhores do Mundo!

E todos viveram felizes para sempre, inclusive a pequena galinha, que sorriu e cacarejou: “Eu estou grata”, “Eu estou grata”.
Os vizinhos é que passam o tempo a perguntar porque é que a galinha nunca mais fez um pão.

Esta fábula deveria ser distribuída e estudada em todas as escolas.
Talvez, assim, decorridas uma ou duas gerações, a mensagem central pudesse tomar o lugar de toda essa papagaiada pseudo-igualitária que insiste em deprimir um país e condená-lo ao eterno miserabilismo.

Ronald Reagan"

sexta-feira, abril 21, 2006

Apesar da piada tem razão (DMS)

"Quando os deputados começam a supor que o Parlamento é um destino turístico, a democracia começa a assemelhar-se a um 'resort'."

Fernando Sobral in Jornal de Negócios

segunda-feira, abril 17, 2006

Frase (DMS)

Um homem de coragem faz uma maioria.

Andrew Jackson

Crise nuclear iraniana (V) (DMS)

No post "Crise nuclear iraniana (III)" escrevi acerca da pressão dos EUA sobre Conselho de Segurança para adoptar uma resolução com recurso ao capítulo 7 da Carta da ONU. Esta pressão é suportada pelo Reino Unido. Hoje li no DN que "os cinco membros permanentes (EUA, Reino Unido, França, Rússia e China) e a Alemanha reúnem-se amanhã em Moscovo para discutir o dossier iraniano".
Ora bem, de um lado temos a Rússia e a China que se opõem, até ao momento, a qualquer tipo de sanções ao Irão. Do outro temos o Reino Unido e os EUA ansiosos para actuar, com o apoio da Alemanha. A França também deverá suportar a "actuação". Ontem, o Papa Bento XVI na sua mensagem Pascal apelou a "negociações sérias e leais". Kofi Anan afirma que uma intervenção militar "só poderia agravar uma situação que já é tensa". Há muita agitação no mundo. Aguardemos.

Mary Cassatt "The Boating Party (1893-94)" (DMS)

Crise nuclear iraniana (IV) (DMS)

Li num jornal diário que o Irão "está a formar batalhões de kamikazes para atacar os interesses dos EUA e do Reino Unido se as suas instalações nucleares forem bombardeadas". Falasse em 40 mil! Surpreendente, uma vez mais, o descaramento de Mahmoud Ahmadinejad em desafiar a maior potência do mundo e o seu forte aliado. É claro que este radicalista sabe o que faz. Um ataque a Teerão pode ter consequências graves para a região. Nomeadamente, ataques às instalações petrolíferas no Golfo e tornar ainda mais complicada a situação no Iraque.

sábado, abril 15, 2006

Credibilidade dos políticos (DMS)

A classe política encontra-se cada vez pior. Restaram 110 deputados (dos 230!) para a aprovação de diplomas e devido ao número reduzido foi inviabilizada a votação. Isto não é mais um sintoma que temos deputados a mais? Que temos uma classe política incumpridora? Triste...

sexta-feira, abril 14, 2006

Crítica (DMS)

"Os novos fundamentalismos" por Rui Miguel Ribeiro, aqui.

Frase (DMS)

O pior momento para um ateu é quando se sente agradecido e não sabe a quem agradecer.

Um santo ancião

Do Evangelho segundo Mateus (DMS)

Pintura de Andrea Mantegna - "Calvário (1457-60)"



"Desde o meio-dia até às três horas da tarde, as trevas envolveram toda a terra. Cerca das três horas da tarde, Jesus clamou com voz forte: « Eli, Eli, lemá sabactháni?», isto é, «Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste?» Alguns dos que ali se encontravam, ao ouvi-lo, disseram: «Está a chamar por Elias.» Um deles correu imediatamente, pegou numa esponja, embebeu-a em vinagre e, fixando-a numa cana, dava-lhe de beber. Mas os outros disseram: «Deixa; vejamos se Elias vem salvá-lo.» E Jesus, clamando outra vez com voz forte, expirou.
O centurião e os que com que eles guardavam Jesus, vendo o tremor de terra e o que estava a acontecer, ficaram apavorados e disseram: «Este era verdadeiramente o Filho de Deus!»
"

Crise nuclear iraniana (III) (DMS)

Condoleezza Rice defende resolução da ONU que prevê uso da força. Uma vez que o Conselho de Segurança da ONU e a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) não têm a possibilidade de obrigar, através de resoluções no quadro do Capítulo 7, os Estados membros a obedecer à vontade do sistema internacional, o uso da força pode ser mesmo a única saída.
Mahmud Ahmadinejad "não negoceia com ninguém os direitos do seu povo", isto é, não vai suspender o enriquecimento de urânio. Prova disso, é o funcionamento de 164 centrifugadoras e o enriquecimento de urânio a 3,5 por cento, projectando actualmente instalar três mil centrifugadoras até ao fim do ano, apesar de o Conselho de Segurança das Nações Unidas ter concedido um prazo até 28 de Abril para o fim de todas as actividades nesse domínio. Como não se vê o fim dessas actividades e, consequentemente, mostra-se desprezo ao desrespeitar o Conselho de Segurança a força é, talvez, o único caminho. Obviamente não é o melhor, mas provavelmente o mais eficiente. A questão é, tornar-se-á o Irão "no Iraque"?

quinta-feira, abril 13, 2006

$70,57 (DMS)

Ai Irão, Irão...

Spread (DMS)

Termo de origem inglesa que representa a diferença ou o diferencial entre os preços de oferta de compra e de venda de um determinado activo ou derivado.

10 Conselhos de Bento XVI à gente jovem (DMS)

Agora que se aproxima a celebração da Paixão e Morte do Senhor deixo aqui os 10 conselhos de Bento XVI à gente jovem.

Frase (DMS)

É de sábios mudar de opinião.

Miguel de Cervantes

terça-feira, abril 11, 2006

Escandaloso (DMS)

A tendência de crescimento do número de beneficiários da Caixa Geral de Aposentações (CGA) com uma pensão mensal superior a quatro mil euros não pára de aumentar: depois de ter triplicado entre 2000 e 2004, o universo destes pensionistas registou um acréscimo de 15 por cento em 2005, um ritmo de crescimento que se manteve inalterado nos primeiros quatro meses de 2006.

Frase (DMS)

Se tudo está permitido, nada está permitido.

Vladimir Jankelevich

BE = Incompetência, Irresponsabilidade, Demagogia (DMS)

O meu amigo Helder, estudante de Direito, enviou-me o seguinte e-mail:
"Estava eu a passear pelo site do Bloco de Esquerda quando encontro a lastimosa afirmação, do Fernando Rosas, de que o art. 1577 do CC se encontraria numa situação de inconstitucionalidade. Mas o que este senhor (F.Rosas) não sabe é a diferença entre uma norma inconstitucional e uma norma que requer uma interpretação restritiva. Entenda-se (interpretando restritivamente, tomando uma posição política, mas sem dogmatizar) que no casamento deve existir igualdade entre as partes, sem descriminalizar a orientação sexual das partes. Como o instituto do casamento serve a posição jusnaturalista de que este foi criado com o propósito do " amor" e da "procriação", considerar o casamento entre pessoas do mesmo sexo seria destruir o fundamento do instituto, defendendo um direito que apela ao amor sem procriação. Uma norma quebra com o princípio da constitucionalidade quando o disposto numa norma contraria o disposto da constituição. Mas se o art. 1577 carece de interpretação restritiva (ou seja, tem uma lacuna), como pode ser ele considerado inconstitucional? Isso é dogmatizar o que é dúbio. Mais...não há normas que interpretem o art.1577, o que faz aumentar ainda mais a lacuna da norma. Afirmar que ela é inconstitucional é tecnicamente e juridicamente um erro crasso. Preocupa-me a estupidez de um partido, com tendência a tornar-se um partido de massas, que afirma coisas destas, que não sabe a diferença entre uma norma com lacunas de uma norma inconstitucional. O mundo anda doido."
Este e-mail serve para mostrar, mais uma vez, a irresponsabilidade, a incompetência e a demogogia que é proferida pelo Bloco.

segunda-feira, abril 10, 2006

A obsessão da golden share (DMS)

A mentalidade tacanha do nosso do Ministro das Finanças reflecte-se no modo como vê a nossa "querida" golden share que é ridícula e antiquada. Este pulso de Teixeira dos Santos com a Comissão Europeia devia ser o mesmo para a reforma da Administração Pública. Porquê continuar a insistir no proteccionismo, num Estado pesado, quando sabemos que estas políticas só contribuem para a submersão da sociedade e da economia portuguesa? É preciso abrir mais as portas ao capitalismo. Só ele pode ajudar a ultrapassar a crise. Senão, vejamos, os E.U.A. , Japão, Itália, Reino Unido, Alemanha e a nossa vizinha Espanha são países com uma forte componente capitalista e fazem parte do grupo restrito G8 (excepto Espanha). Teixeira dos Santos tem de ser menos arrogante e abrir mais os horizontes. Sim, abrir mais os horizontes. Este senhor ficou satisfeito com um défice de 6%! Enfim...

sábado, abril 08, 2006

Frase (DMS)

Conheço muitos homens que são tidos por sábios somente por não dizerem nada.

William Shakespeare

quinta-feira, abril 06, 2006

Triste, muito triste... (DMS)

A corrupção está a aumentar entre a classe política. De acordo com Euclides Dâmaso, director do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Coimbra, “em Portugal a corrupção progride e intercepta cada vez mais níveis diversos da Administração e do aparelho do Estado”, acrescentando que “boa parte da economia portuguesa flui no mercado paralelo”.

Conselho de Estado (DMS)

Os 19 membros Conselho de Estado, presidido por Cavaco Silva, são:

Presidente da Assembleia da República, Jaime Gama.

Primeiro-ministro, José Sócrates.

Presidente do Tribunal Constitucional, Artur Maurício.

Provedor de Justiça, Nascimento Rodrigues.

Presidentes dos governos regionais: Alberto João Jardim (Madeira) e Carlos César (Açores).

Antigos Presidentes da República: Jorge Sampaio, Mário Soares e Ramalho Eanes.

Nomes indicados pelo Presidente da República: Marcelo Rebelo de Sousa, Manuela Ferreira Leite, João Lobo Antunes, Miguel Anacoreta Correia e Manuel Dias Loureiro.

Nomes indicados pela Assembleia da República: Almeida Santos, Manuel Alegre, Jorge Coelho, Marques Mendes e Francisco Pinto Balsemão.

terça-feira, abril 04, 2006

Embaixador dos E.U.A. na Universidade do Minho (DMS)

Caros leitores, o embaixador dos EUA em Portugal, Alfred Hoffman Jr. (à esq. e eu à dir.), esteve hoje na Universidade do Minho para proferir uma conferência acerca da "Reforma das Nações Unidas".
O embaixador fez questão de iniciar o seu discurso salientando o papel da ONU nos serviços que tem prestado ao mundo desde a sua criação, há 60 anos. "No ano transacto, o Conselho de Segurança agiu no sentido de mitigar a violência no Sudão, impôr o fim da ocupação síria no Líbano, e de angariar apoios para as eleições e transição democrática no Iraque. Outras agências da ONU são chamadas a lidar com necessidades transnacionais urgentes como o HIV/SIDA, a ameaça da gripe das aves, ajuda a vítimas de sismos e tsunamis, protecção aos refugiados, fornecimento de alimentos e outros cenários de ajuda humanitária a milhões de indivíduos no mundo". Todavia, a ONU encontra-se com graves problemas nomeadamente, a polémica gerada acerca da má gestão e corrupção no Programa Petróleo por Alimentos, assim como na exploração sexual por parte dos soldados da paz. O embaixador é a favor de uma ONU forte e defende que para isso é necessária uma reforma eficaz ao nível do Secretariado, o que incluiria mudanças de orçamento, gestão e administração. Segundo ele, "algumas melhorias trariam maior clareza e responsabilização ao processo orçamental; outras protegeriam o pessoal de assédio sexual ou retaliação pela divulgação de irregularidades, obrigando os empregados a aderir a elevados padrões de ética". O embaixador defendeu ainda o procedimento a auditorias regulares.
No final da conferência anunciou alguns números relativamente às contribuições dos páises no orçamento das Nações Unidas. Tirem as vossas conclusões: E.U.A. - 22% (o que mais contribui); Japão - 18%; China - 2%; Espanha - 2.4%.

Em cheio! (DMS)

Alberto João Jardim apoiou hoje a decisão da Assembleia Legislativa da Madeira de não comemorar o 25 de Abril de 1974: "O país está afogado em problemas devido também às derivas que o 25 de Abril sofreu, desde a tentativa, logo a seguir, de instaurar uma ditadura comunista que trouxe os custos que ainda hoje pagamos, até à decadência corporativista e anti-democrática em que o regime definha."

segunda-feira, abril 03, 2006

"A persistência do papagaio morto" por João César das Neves (DMS)

Um famoso número dos famosos humoristas britânicos Monty Python é o "papagaio morto" (série 1, progr. 8, 7/Dez./1969). Nele um cliente dirige-se a uma loja de animais protestando que a arara que acabara de comprar, e que traz numa gaiola, está morta. O vendedor tenta negar o óbvio, usando de múltiplos estratagemas para fingir que a ave, de uma raça rara, está só a dormir. O cliente vê-se forçado a bater com o bicho no balcão, gritando que está mesmo defunto. A política contemporânea está cheia de "papagaios mortos", que os dirigentes, contra toda a evidência, insistem que ainda mexem. As recentes declarações sobre a regionalização são um caso evidente.

O Governo de Sócrates, talvez por falta de problemas, lembrou-se agora de insistir numa das maiores tolices do seu antecessor Guterres. O Executivo pode ter-se esquecido, mas a 11 de Novembro de 1998 mais de 63% dos votantes rejeitaram categoricamente "a instituição em concreto das regiões administrativas". Isso passou-se num referendo em que se pronunciaram mais de 48% dos portugueses, o que ultrapassa a média das eleições europeias. Apesar disso, o actual Governo acaba de dar um piparote ao papagaio e grita "Mexeu-se! Vê, mexeu-se! Está vivo!"

O problema por detrás desta atitude é uma perversão da democracia. Terá já notado que na actual retórica política há expressões que desapareceram completamente. Mantêm-se, tão fervorosas como antes, as solenes profissões de fé democrática, mas deixaram de se ouvir frases como "servidor do povo" ou "cumpridor da vontade nacional". Embora continue a dizer-se que a população portuguesa manda no País, cada vez mais se sente que a opinião pública deve ser convencida, seduzida, manipulada, driblada, mas nunca cumprida. O político de sucesso não é o que faz o que o povo quer, mas o que convence o povo a aceitar o que ele quer. A democracia transforma-se assim numa ditadura que, de vez em quando, tem de fingir respeitar a maioria. Na regionalização, a imposição descarada do que o povo rejeitou é bem evidente.

O problema não é só português. O longo e torturado processo da Constituição Europeia mostra que também os países ricos insistem nos seus patéticos papagaios falecidos. Mas, onde quer que se manifeste, ele vem sempre da arrogância de um pequeno conjunto de iluminados que despreza a massa ignara. Não admira, pois, o crescente desprestígio europeu da classe política.

Em Portugal a questão é mais grave por duas razões. A primeira tem a ver com a dorida relação nacional com a democracia. A nossa cultura é corporativa por natureza.

Por isso, desconfiado fora do grupo de amigos, o povo saltita permanentemente entre a rebeldia fadista contra o Salazar recorrente e a submissão a um D. Sebastião salvador. Por cá nunca ninguém perde eleições, e o vencedor tem, logo a seguir, todos atrás de si.

Daí as dificuldades em implantar entre nós o sistema democrático baseado no fair play britânico. Não admira que os políticos, mesmo os que se julguem mais democráticos, acabem por desprezar os eleitores, só porque não os entendem.

A segunda dificuldade vem da situação actual, aliás frequente nas crises nacionais. O Governo vê-se na necessidade urgente de fazer reformas impopulares, para conseguir recuperar o País e o desenvolvimento.

A firmeza e a resistência contra os ataques são aqui decisivos.

Ora é fácil, nestas condições, confundir teimosia com força e tolice com reformas essenciais. Se os ministros são atacados quando tomam medidas virtuosoas e indispensáveis, como distinguem, no meio da revoada de críticas, aquelas que são justas e merecidas?

Assim, debaixo da solidez de decisões cruciais para a eficiência na saúde e justiça, a reestruturação da administração pública, modernização da educação e forças de segurança, surgem os monstruosos paquidermes brancos, tão finados como o psitacídeo dos Monty Python. A regionalização, como o aeroporto da Ota, o TGV e, em temas mais polémicos, a distribuição indiscriminada da "pílula do dia seguinte" e a liberalização absoluta do aborto e da procriação medicamente assistida são propostas tontas ou nocivas, impulsionadas com a mesma segurança e impassibilidade da necessária consolidação orçamental. Grande parte até são contraditórias com ela.

Quem tem opinião diferente da maioria tem o direito de a defender. Mas em democracia quem abandonar a vontade popular e, sobretudo, o bom-senso, cai no absurdo dos Monty Python.

João César das Neves (Professor Universitário)

Frase (DMS)

Um homem que se curva não endireita os outros.

Aristóteles

domingo, abril 02, 2006

1º Aniversário do falecimento do grande Papa João Paulo II (DMS)

O homem que mudou o Mundo, Karol Wojtyla, morreu a 2 de Abril de 2005 às 20h37 (21h37 - Roma)


"Vim, como mensageiro da verdade e da esperança, para confirmá-los na fé e lhes deixar uma mensagem de paz e reconciliação em Cristo"

(Viagem a Cuba, Janeiro de 1998)

sábado, abril 01, 2006

Papa Bento XVI (DMS)

Devemos afirmar fortemente que o ser humano jamais deve ser sacrificado pelo sucesso da ciência e tecnologia.

Quem poderá discordar desta afirmação, proferida hoje pelo Sumo Pontífice num seminário organizado pela Congregação do Vaticano para a Educação Católica, quando se preza o valor da vida humana? Simplesmente, ninguém. E quem pode discordar? Simplesmente, os que não a prezam. Penso que já sabemos quem não dá valor à vida...

Campanha da Esquerda nas eleições italianas (DMS)




Os slogans da Esquerda não variam, seja qual for o país, as propostas são as mesmas e imutáveis. No entanto, o candidato Prodi parece assumir uma postura mais centro. No seu outdoor é possível observar tons de azul, que está mais associado ao conservadorismo, e uma frase do tipo: "A seriedade no governo". Penso que já vi isto em qualquer sítio...

Fotos gentilmente cedidas pelo meu colega e militante do PSD, Alberto Fernandes

Frase (DMS)

Acreditamos facilmente em tudo que tememos ou desejamos.

Jean de La Fontaine

F-18 americano, a ultrapassar a velocidade do som (DMS)

Apartes (DMS)

Desde 1990 Portugal foi o país da UE que mais aumentou a despesa do Estado, enquanto a tendência nos outros países da União foi de descida.

O peso do Estado na vida económica nacional não é apenas financeiro: a burocracia representa um travão à iniciativa empresarial e uma fonte de corrupção. Quanto mais entraves existam, mais alguns podem lucrar levantando obstáculos em troca de uma compensação.

Portugal é o único país da UE que gasta mais em salários da função pública do que em transferências sociais e onde esses salários absorvem maior percentagem da receita dos impostos. A nossa factura de salários da função pública anda hoje pelos 15% do PIB (era 10% há 20 anos), contra uma média de 11% na UE. Entre 1995 e 2001 esses salários em percentagem do PIB subiram 10% em Portugal. Em Espanha caíram 10%.

Já se percebe porque é que o défice custa 880€ por cada português.

Winston Churchill (DMS)

Há quem mude de partido pelas suas convicções e quem mude de convicções por causa do seu partido.

1 de Abril (DMS)

"Assinalamos hoje o "dia das mentiras", que existe em todas as culturas ocidentais, aparentemente originado em França, em 1582, quando Carlos IX decidiu acabar com o calendário romano e seguir o gregoriano."

"Entre as coisas que passaram a acontecer - como as estações do ano começarem a ser anualmente nas mesmas datas -, o primeiro dia do ano passou a ser a 1 de Janeiro, e não a 1 de Abril, que passou a ser por isso - dizem - o "dia da mentira" quanto ao início do ano.

Talvez seja esta a explicação para o "dia dos tontos de Abril", como também é chamado na cultura anglo-saxónica - para descrever aqueles que caem nas mentiras que são contadas neste dia.

Em Portugal já houve a tradição dos órgãos de informação contarem sempre uma boa mentira neste dia. E houve algumas notáveis. Uma rádio, em 1988, noticiou que uma corrente de água extraordinariamente fria estava a trazer quantidades imensas de excelente marisco - lagostins, lagostas, camarões, enfim - que era possível apanhar à mão na praia da Parede. Imensa gente lá foi e a única verdade é que a água estava realmente muito fria. Depois houve outra, que era a da Carris ter comprado uma frota de autocarros de três andares.

Em Bruxelas, num 1º de Abril o "Le Soir" noticiou a adesão do Japão à CEE; em França a venda de lugares marcados no Metro; e em Inglaterra a proibição de uma marca de soutiens, por conterem um material que interferia com as emissões de TV.

E aqui, em Portugal, houve ainda uma célebre mentira que dava conta da vinda a Lisboa do grande Salvador Dali, para pintar retratos dos membros da Assembleia da República. Vamos lá ver se nesta sexta-feira esta nobre tradição da imprensa é recuperada..."

Mário Crespo in SIC Online

 

 

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